As 6 Coisas que realizam um projeto

1. Idéia
2. Vontade
3. Ação
4. Organização
5. Prazer
6. Determinação

Obs: Ainda estou me acertando com elas.

Cenário: Monster

Todo o cenário e seus elementos é resultado de uma combinação de modelagem de 3d e pintura manual/digital frame a frame.

Abaixo... Equipamento: Monster. Modelagem 3d: Pablo Rocha

ATROX TEMPUS: Modelagem de personagens

Titanossauro. para alguns perosnagens foi necessário modela ruma versão 3d escultórica da figura. Isso ajuda a enxergar o personagem em várias posiçõs diferentes.

Maquete da academia

A maquete serviu para visualizar melhor os personagens, situar o movimento da cãmera pelo cenário e localizar os equipamentos.

Estudos de personagem (os fracotes)

Uma academia como esta (eu disse COMO ESTA) é feita de elementos fortes, muito fortes e fracotes. Os personagens em questão devem ser anoréxicos. Paranóicos da alimentação. Como hienas ou parasitas, aceitam as sobras da estética ou da fama de outros. Há inveja neles e medo... e um baita vazio existencial. tadinhos.

A Noiva

A Noiva. De todos os personagens esta foi a mais livremente inspirada em dinossauros, celebridades da tv e pessoas do dia-a-dia. Em seu design busquei erotização extrema.

Tiranossauro (progresso)

Estudos iniciais para design do personagem Tiranossaurus Rex. E...



...Design final do personagem Tiranossaurus Rex.

Em todos os personagens procurei conciliar brutalidade humana e aspectos da morfologia dos dinossauros "reais". Também dosar o caricato com uma certa "seriedade" anatômica. Ahn... Deu pra entender?

O Fracote (progresso do design)

Este é um pterossauro, digo, o fracote da academia. Primeiros estudos





E este é o resultado final.

Os Valentões

Estudo de personagens valentões da Cena 3.

Rafes no metrô e quem este filme revela

Em pé, no metrô, de posse de um bloquinho, fui fazendo meu exercício voyer. Capturei algumas expressões, bocas e penteados lambidos da moda que pretendo inserir no filme.


Nada contra quem frequenta academia ou fisiculturistas.
O alvo deste filme são os monstros humanos. Desses que queimam seres humanos em pontos de ônibus. Desses que saem em bando para perseguir/matar mendigos, mulheres e pessoas indefesas em geral. Esses monstros que declaram guerras de extermínio contra povos inteiros e exterminam o seu próprio. Este filme é para declarar tacitammente que todo tipo de rumo violento, ignorante e imbecil transfoma o humano em animal em extinção... pior, um animal que de tão violento e destrutivo encaminha sua própria extinção e da terra que habita. Então é isso... eis o tema do filme.


Estudos de equipamentos. No mesmo dia, ainda em pé, no metrô do Rio.

Personagens e cenários

1. Personagens

Existem dois grupos de personagens em ATROX TEMPUS: os vitimizadores e as vítimas.

1-Os vitimizadores são os vorazes, os gulosos, os grandes, os gigantescos, os que passam por cima, os que cercam, desrespeitam, perseguem, maltratam, destroem, brigam, "é isso mesmo não tô nem aí" e, com tudo isso, se acham os tais, os máximos, os vencedores, os reis da cocada.
São eles, por ordem de aparição: o titanossauro (brontossauro), os velociraptores , o tiranossauro, os triceratops e ainda as poderosas fêmeas siliconizadas do cretáceo.

2 - As vítimas são os 'fracotes'... os fora-da-roda, os zero-à-esquerda... mas esses fracassados, ainda assim, querem entrar na patota, mesmo perseguidos, execrados e humilhados. Eles se esgueiram, clamam, resmungam e vivem comprimidos num mundo onde ou se encaixam ou morrem. Para eles resta a alcunha de perdedores.
São eles, por ordem de aparição: o esquálido pterossauro e todos os dinossauros mais fracos desse microcosmo.

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Para estabelecer como são esses corpos tornou-se relevante construir modelos tridimensionais dos personagens (ao menos os principais - por enquanto rsrs).

Seguindo os princípios básicos para construção de bonecos para filmes de stop motion, eis os materiais utilizados na construção de nossos violentos amigos:
1 - Arames de alumínio liga leve de 1, 2 e 3 mm
2 - Durepox
3 - Varetas de madeira
4 - Porcelana fria (ou biscuit)*
5 - Argila**

* O biscuit até q continua com certa elasticidade mesmo depois de bem seco.Isso é bom para uma simulação de certas poses e movimentos dos personagens.
** A argila é uma massa ideal para montar a cabeça das figuras. Algumas cabeças q exigem maior detalhamento estruturei em separado. Na hora do 'vamo ver' ficará mais fácil.

Na prática a ferramenta torna possível visualiza-los no espaço e executar alguns movimentos leves e básicos (os esqueletos são articulados).

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2. Cenários

A Academia é o cenário mas também é um personagem pois este espaço de circulação não existe para a sociabilidade. A Academia é um ecossistema de opressão.

Divide-se em 3 espaços que se interelacionam mas que tem tratamentos de cor próprios obedecendo a certos valores "climáticos".

Espaço 1 - O Espaço Social é o espaço da alimentação e da chegada de personagens. É um espaço da "paquera" entre monstros. Onde as fêmeas param pra tagarelar freneticamente emitindo suas vozes chiadas e irritantes. Onde os machos violentos circulam escolhendo suas vítimas (sejam paqueras ou dinossauros fracos mesmo para seu deleite sádico). Onde os gigantes pesados procuram alimento. É um espaço húmido e sufocante. O espaço de todas as gulas, de todos os consumos, loja e lanchonete. Cor predominante: verde.

Sociedade Atrox

Eis a sociedade violenta.
Comida violenta. Música violenta. Ritmo violento. Correria violenta. Violentas são os produtos para consumo e violento é o próprio consumir, pois é desenfreado - tão rápido descartamos quanto destruimos os recursos do mundo. Violento é o olhar sobre o outro - sempre um adversário. Violentos valores das coisas sem valor. Aqui, extermínio e exclusão são sinônimos, variando só o grau de velocidade em que ocorrem. Violência via tv, via internet, via desejo. Violência especulativa de um mercado monstruoso que só faz crescer e engolfar. Violenta carga de trabalho. Violenta perda de direitos. Violenta é a impunidade.


Mesmo a apatia e a resignação de muitos tem sua violência camuflada. Produtos nas prateleiras com suas violentas e fortes cores e marcas. Violência que aflora naquele que não tem pela necessidade de ter o que não precisa e a violência daquele que tem em violentamente querer mais. Violentos desejos. Violentas necessidades forjadas. Violenta é a mídia e a tecnologia - rápidas e impiedosas demais para serem seguidas a tempo. Violência virtual levando a violência real. E vice-versa. Óleo viscoso e ruim que afoga as relações. Que esconde o humano. Que destrói o mundo.


Violência aceita que forja grades para as casas das pessoas. Violência de vida vigiada por câmeras 24 horas por dia. Um reality show de violência. Poses e gestos de celebridades violentamente repetidos e difundidos a exaustão via tv, via internet, via desejo.


Violenta moda que estica cabelos, incha lábios, bundas, peitos e bochechas. Violenta perseguição pelo corpo perfeito que plastifica pessoas, refabrica o ser humano num deixar-de-ser que extermina o autêntico, destrói o espontâneo e violentamente esconde como realmente somos e os efeitos naturais do Tempo. Sociedade violenta do voto violento, comprado e trocado por uma dentadura, um emprego ou outra corrupção. Violenta burocracia morosa que nos mata silenciosamente nas filas dos hospitais. Violentas corporações privadas e suas soluções pagas para cobrir a indigência do que é público e universal (saúde, segurança e educação). Violentos políticos e suas soturnas negociações. Violentas comissões.

A largada

Dia 24 de maio de 2007 foi dada a largada. Dia 24 de maio de 2008 é a chegada... (gulp)